Brasileiro é quem mais sofre com fraudes na internet

O Brasil está no topo da lista desde 2015. Em 2016, brasileiros sofreram 27,6% dos ataques de “phishing” do mundo e também foram os mais atacados por cavalo de troia, vírus que fica “escondido” em downloads.
    A liderança no ano passado foi atribuída em parte à Olimpíada, que atraiu interesse de criminosos estrangeiros, mas o relatório do Kaspersky afirma que existe uma “cultura Robin Hood” entre crackers brasileiros, especialmente na aceitação de ataques contra bancos.
    No ano passado, o Banrisul, por exemplo, foi vítima de um ataque, segundo a companhia de segurança.
    “Os [criminosos virtuais] postam fotos em rede sociais exibindo dinheiro roubado, celebrando a ostentação”, afirmou a empresa russa.
    A Kaspersky cita o “Rap dos Hackers”, música de autoria desconhecida cujos versos explicitam a prática: “Sou criminoso / Terrorista virtual / Hacker de responsa e vagabundo sempre paga um pau”.
    Para não sofrer “phishing”, é importante não abrir e-mails suspeitos e não baixar nada de procedência desconhecida, além de estar com o antivírus atualizado.
    O Brasil foi considerado o ambiente virtual mais perigoso para bancos em 2014 pela Kaspersky. Em 2015, bancos brasileiros perderam R$ 1,8 bilhão com ataques virtuais, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
    De acordo com o estudo do Kaspersky, 23% dos bancos foram alvos de “phishing” em 2016, assim como 18,4% dos sistemas de pagamento e 9,58% das lojas virtuais.
    Bases de dados de outras empresas de antivírus apontam o Brasil como fonte de ataques. A Symantec concluiu que, em 2016, a maior parte de ameaças online veio dos Estados Unidos (24%), seguidos da China (9,6%) e do Brasil (5,8%).
    Do ponto de vista das empresas, porém, o país não é especialmente visado, de acordo com a KPMG. A auditoria diz que, das empresas brasileiras, 25% dizem ter sofrido ciberataques nos últimos dois anos. Já no Japão, foram 55%, e, na Suíça, 54%.
    Para o estudo, os alvos dos ataques brasileiros estão principalmente no exterior.
    “As multinacionais em países desenvolvidos são mais desejadas”, diz Cláudio Soutto, sócio da KPMG no Brasil.
    Na China, a fatia das empresas que sofreram ataques é de 25%, e, na Índia, de 18%.

FONTE: CBSI. Acesso em 04/09/2017 (adaptado).

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